Hoje, enquanto me aproximava da Igreja, eu reparei em algumas cenas que estavam acontecendo perto de mim.

Um casal se abraçava, o filho pulava para chamar a atenção da mãe, uma senhora tinha dificuldade de descer as escadas e se apoiava no corrimão…
O cuidador dos carros ajudava o motorista em uma manobra… Duas vizinhas se reencontravam e sorriam…
Tudo isso, praticamente no mesmo milésimo de segundos, acontecia…
Tem coisas que você só vê quando desacelera!
Cenas corriqueiras, acontecem milhares de vezes, em milhares de lugares, com milhares de pessoas…
Não é como ganhar na Loteria, por exemplo, que é algo fora do comum, algo extraordinário…
São coisas comuns… E, por isso, nem as vemos mais.
“Mas e aí, Ci? Por que isso importa?”
Na vida, há muito mais momentos comuns do que extraordinários.
Esperar na fila do supermercado…
Regar plantas…
Passear com animais de estimação…
Abraçar…
E pode se passar 1 dia ou meses ou 1 ano, sem que nos demos conta disso: que a vida é a a soma de momentos comuns.
E nós, de forma contraditória, desperdiçamos os dias comuns, na expectativa de esperar um único momento extraordinário para ser feliz.
“O dia em que eu passar no concurso, eu…”
“O dia em que eu me casar, eu…”
“Quando eu tiver minha casa, eu…”
“Quando eu entrar de férias, eu…”
Gastando a própria vida, para um dia ser feliz na vida…
Bom, eu me peguei refletindo sobre isso hoje.
E sabemos que este blog não é só sobre concursos, mas, inclusive, sobre pessoas…
Então, sim, que estamos certos em plantar para colher, para evoluir, para melhorarmos, para termos mais conforto e, consequentemente, realizarmos mais sonhos…
Mas sim, também, que estamos errados em transferir a felicidade apenas para momentos em que há a realização desses sonhos.
Desejo a você uma vida cheia de momentos comuns e que você desacelere para notá-los…
Desde o bom dia do porteiro até o simples e diário nascer da lua…
Desejo que você encontre interesse e felicidade nesses dias, momentos e pessoas totalmente comuns. Isso é o verdadeiro extraordinário.